Mangueira Majestade

Cristo Amor, Justiça e Caridade Tu que foste, há dois mil anos Sacrificado pela humanidade... Prometeste voltar... Não volta, Cristo! Serás preso de novo... De novo, crucificado Por teus Divinos Atos Porque na Terra Deu_se, apenas isto... Multiplicou_se o número de Judas E vai crescendo, a prole de Pilatos... Fragmento de uma poesia, extraída da "Miscelânea Literária" de minha avó Maria Eulália( de quem herdei o dom de poetisar), cuja data se refere aos meados do século XX. Pensamento filosófico: Poesia, amor e saudade, não têm idade... Ângel Benassuly

A vida no Marajó, se reveste de magia, de paz com gosto de aventura.A natureza é exuberante, carismática, feiticeira e envolve o espírito n'um clima de estado de graça...sinto vontade de escrever, de rezar, de amar as pessoas. A vegetação que desperta os sentidos desde a grama que cobre as ruas, até o coqueiro mais alto ... o vento voluptuoso que acaricia a pele...as praias com seus lençóis filigranados, onde os pés afundam n'uma maciez repousante, de areia fina como o talco...o nascer e o por do sol, n'um vermelho e dourado, intensos...o luar translúcido, de um prateado cintilante...o céu límpido e puro, pontilhado de estrelas e constelações(parecendo estar tão próximo)...É AQUI QUE SE APRENDE À CONHECER AS ESTRELAS...tudo isso, inocula no coração, no espírito, a plenitude das coisas simples. Amo os vagalumes que voam à noite, como se fossem pérolas suspensas no ar...amo as tempestades que desabam na madrugada, trazendo um friozin...

Minha Soure Já chegou o verão... Lembro que o rosa choque Das flores dos jambeiros Coloriram as tuas ruas Os teus quintais... De novo, o verão... As vezes, a brisa carinhosa Outras vezes, a energia do vento Varrendo o teu chão... Me lembro que a tempestade Caiu nessa estação... Imagina...! São Pedro deve ter feito Alguma confusão... Padroeiro de Fé! Coisa gostosa ...maravilhosa... Tuas tardes amenas e tranquilas Cheias de luz... Enchem os corações de amizade N'um encontro para se levar uma prosa Rio Paracauary ... No teu leito descansado A beleza do Marajó No seu verde desvendado...virgem... A beleza que não aflige A beleza da mata exuberante Que leva do peito, a dor...ansiedade... Que te faz sentir saudade A saudade dos amantes... Saudade dos que amamos E desejamos, estejam aqui Vivendo em ti... Saudade do que tivemos Saudade do que não temos... Esperança no que está por vir! Soure, Minha Mana De tuas noites...

É o céu azul, cor do manto de Maria, mesclado de um matiz rosa- acinzentado ...do lado em que o sol se põe , a mistura do ouro-prata, no encanto do entardecer refletido nas águas do Rio Paracauary , enfeitado pela revoada de um bando de gaivotas que evoluem num ballet elegante e delicado, ao redor dos barcos coloridos de pescadores que trazem peixe em abundância ao cair da tarde...como que por encanto, surge uma nuvem vermelho-dourada e lilás que rasgando o leito do rio, penetra até ao seu âmago , deixando antever os mistérios de sua profundeza incomensurável ! Crianças brincam e nadam, como se fossem ninfas, nascidas das águas espelhadas, criação da pintura natural, matizada pelos raios vermelho-dourado do poente...é o pincel, deslizando na tela pelas Mãos do PINTOR DIVINO, misturando essa Terra que Ele encantou! E assim, como n'um passe de mágica, o céu se mescla de rosa-dourado e cinza, sob o poder da sensibilidade do ARTISTA, dizendo que o dia entrou em agonia... a n...

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Eu te procuro... onde estás... A nuvem negra te escondeu Oh! lua dos amantes... Contudo,tua luz escorre Como renda luminosa Nas bordas da nuvem errante... No repouso das estrelas Esparramas teu fulgor Mãe da natureza nua Espelho da Mulher Amor... Angel Benassuly Soure, 2005

Vou p'ra minha Terra Comer peixe de água doce Sentar à sombra das mangueiras Andar descalça sôbre a relva Esperar o vento...colher as mangas Encher um paneiro,até à beira... Frutos que caem em profusão Doces e cheirosos...afrodisíacos... Concebidos na delicadeza dos galhos ---Asas diá fanas de fadas--- Acompanham o vento no seu embalo... Em noite de lua cheia De intensa e profunda magia Sentar à volta da fogueira... Sorvendo a volúpia das salamandras Na paz selvagem que me rodeia Vou agradecer a Deus Por estar de volta Rezando Pai-Nosso...Ave Maria... Minha Soure, minha Terra...minha Ilha... Angel Benassuly Rio de Janeiro, 1988

Chove...lava a vida... A minh'alma ferida... Cai do céu , lavando a natureza Banhando o verde...sua beleza... Banhando as palhas, as telhas Que abrigam os homens Varrendo as ruas nuas Pisadas por aquele que vai só ... Sem nome... O caboclo do Marajó ... De pés descalços e peito forte Purificado por tuas águas Quem sabe... Livrando-se de suas mágoas ... Cai...cai muito forte...tempestuosa Livrando-me, dessas lágrimas tormentosas... Entra na minha casa Lava o meu chão ...o meu espírito E leva para o limiar do e mpírio Esse sofrimento infinito... Vem...me banha... Me carrega em teu seio... Me faz ser tu Na grandiosidade de molhar a terra E devolve a alegria de viver Sepultada no meu peito... Por favor, chuva... Quero ser como tu...assim... Do teu g eito ... Tempestade...tormenta... Não me faz sentir paz Apenas quando chegas... Deixa a paz dentro de mim... Assim...tu me aconchegas... Ângel Benassuly Soure, Ilha de Marajo ,1990

Lua, tu nos espia no rio Com se fosse Deus Na luz do sonho refletido ... Penetro em tua essência E me transformo em ninfa Emergindo das águas do Paracauary N'um impulso de amor e paz... E aí, minha lua, minha mãe Eu chego até aonde Tu estás... Angel Benassuly

O céu e tão perto Que da vontade de abraçar a lua E neste abraço Me curvar...me despir E me sentir inteiramente nua Sorvendo no cálice da mãe da noite O esplendor de ser mulher... Subindo e subindo No espiral do seu brilho... Subindo... Chameguenta e aconchegada No seu anel, iluminada... Angel Benassuly

Onda sal...salobra... Cinza...esverdeada...amarelada... Cristalina... transparente ... Que vem...morre...que nasce... Quando volta...vem...d'areia... Maré cheia... maré vazante... Espuma que anda Rompe...surge...branca...do nada Teimosa...incessante... O poder de trazer O poder de morrer N'areia...no chão ... Solidão ... Angel Benassuly

O dia se estende ao sol e bebe chuva...a poesia, também...

O Poeta, à noite , também é madrugada...

Soure da minha vida Voltaste a chover com gôsto E Quando chove, assim Eu gosto .. Tu lava os meus desgostos ... . Tuas mangueiras molhadas Lavadas por teu chôro Teus coqueiros altaneiros No vai e vem do teu vento Mais parecem gigantes em desespero ... O teu rio, se torna cinza embaçado Tuas, matas cinza esverdeado ... E eu ... Eu volto a Soure do passado E me vejo correndo Lavada por tuas lágrimas ... No meu chôro de criança Na chuva feliz da minha infância Ângel Benassuly

Sentindo a transparência de tua alma Filtrada por um canal de televisão Voa nas asas de um silfo Tua essência de artista E eu sobrevôo a tua emoção És um homem do mundo Mas o que tens no íntimo É algo do SER...transcende O simples...o profundo... O teu canto me fala da sabedoria Que um homem chamado JESUS Te inspirou, na harmonia dos teus versos No deleite de tua poesia Tu és um predestinado És a vida sentida,vibrante Um canto de amor orvalhado Imagem fugaz,"amado...amante..." Angel Benassuly

No sol do entardecer Revela em tuas folhas A dourada dança da ventania... Pinceladas de brilho Nacarado de magia Abraça o velho dia Porquê a noite já vem... Entardecer das cores Dos amores revelados... Em teus frutos, Mãe da Terra Sombra dos namorados... Nas promessas da noite O vento te balança Dança...dança... Prateada de estrelas Na imensidão enluarada ... Acaricia com teus galhos N'um suave açoite O meu destino errante... Mangueira majestade Me acolhe em tuas ramas... Deixa eu abraçar o amor À sombra que derramas... Mangueira,Terra Soure Tua sombra me tira as dores... Mangueira do amor Dos amores... Angel Benassuly Angel Benassuly x L D pt>pt Google C Salvar agora

Menino de rua que dorme ao relento Quem mais do que tu Conhece a força dos elementos(a natureza) Quem mais do que tu Que vive na rua desde pequenino... Estás aí, nessa noite nua, fria Procura teu canto, teu caminho Não faz de tua vida Uma estória sem conteúdo, vazia... És coragem, és amor não dado És a vida que se traz num descalabro És criação...és vida na amargura... Cadê o ventre que deveria ter te cuidado Cadê a mãe, essa insana Que negou o choro da criança pura... Quem te jogou recém-nascido...miserável... Miserável...? Ou são os ricos, OS MISERÁVEIS...? Por onde andam os "ORGÃOS" que te procriaram... A dor do parto não é tua mãe que sente Essa dor, herança uterina, tua irmã gêmea Nasce agregada ao teu espírito, à tua mente Pureza sem rumo, menino abandonado! Menino de rua, criança, gente... Quem fará da tua vida, do teu destino Algo de bom, algo de contente...? És criação...MEU DEUS...és muito carente!! Angel Benassuly

PEDRADA -Pássaros esvoaçantes deixam rastros azuis de água LÂMPADA -Lívido âmago mortal,procurando acéfalo,da escuridão, a sombra AMAR ------Amparo mórbido de angústias repetidas ÓDIO--------Onde deixo ir o amor MÁGUA-----Mar dos átomos de gozos úvidos, arrepiando os sentidos Angel Benassuly

Amado Jesus Neste momento, vem a mim!Tenho ânsia de encontra-te nas veredas do pensamento, divisar clara Tua excelsa figura, olhando para mim, no doce e suave magnetismo do olhar profundo que substancializa de amor os mais secretos pensamentos e desejos. Tu me entendes e o teu olhar de compreensão anula os meus sofrimentos, realiza as minhas aspirações, desperta-me a felicidade.Por isso, Jesus, procuro realizar-me, atraindo-Te a mim.Nesta hora, neste exato momento, penso que me envolves com tua presença, pões a mão sobre mim e me abençoas amplamente.O meu ser - corpo, mente, alma - está sendo abençoado por Ti. Tua santa bênção , Jesus, significa para mim disposição para resolver problemas, alegria, otimismo , confiança em mim e em Ti, para sempre!Obrigado!Obrigado!

No topo do calvário, erguia-se uma cruz E pregada sobre ela, o corpo de Jesus Noite sinistra e má... Nuvens acinzentadas corriam pelo ar Como grande manada de búfalos A lua ensanguentada e fria Como um soluço profundo de Maria Lançava sobre a paz das coisas naturais A merencória luz, cheia de brancos ais As árvores que outrora abrigavam Jesus Choravam na mudez hercúlea dos heróis Deixaram de cantar todos os rouxinóis... Um silêncio pesado, amortalhava o mundo Jesus, cheio de amor e dor...morria... Somente ao longe, o velho mar profundo Decantava as palmas da agonia Mas, passado um instante A lua branca e pura, resplandecia... Jesus , repleto de luz...sorria... Judas, contemplando o Nazareno Tão nobre, tão sereno Convulso de terror, fugiu... Nesse instante, surgiu-lhe o vulto de um gigante... _É chegado, enfim, o teu castigo_! O traidor, puxando do manto a bolsa de dinheiro, disse: _Aqui tens, deixa-me partir..._ O gigante, fitando-o, bradou: _Guarda o teu dinheiro! O ouro pertence ao ...

No mundo da poesia,faz-se do jôgo das palavras a arte maior do poeta, porque a poesia é a arte da palavra. Ângel Benassuly

Em Breve muitas poesias e pensamentos